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domingo, abril 30, 2006

Índigo

Num espaço a fazer lembrar os antigos cabarets de strip, Susana Félix fez a apresentação do seu novo álbum Índigo no bar Maxime (ainda cabaret), em Lisboa, ontem, dia 29 de Abril.

Um pouco atrasada por culpa da banda que veio de um outro espectáculo, Susana Félix entrou em palco em muletas pelas 00:40. "Prometo que não vou mais dançar", disse Susana no início do espectáculo, referindo-se ao entorse no pé, dado nos ensaios do programa da RTP1 "Dança Comigo".

Eis que começamos a flutuar na voz cada vez mais afinada e potente da menina que quando canta se torna mulher. É certo que a sua timidez fez com que não houvesse um maior envolvimento do público entre as músicas mas o seu sorriso presente em todas as músicas era contagiante.

Iniciando o espectáculo com as músicas do seu novo álbum, Susana Félix fez-nos deliciar ao ouvir a sua voz cantar as bonitas letras que compõem Índigo. Era impossível estar indiferente ao chamado "Momento Perfeito". Contudo, como seria de esperar, a música que fez maior furor foi "Fintar a Pulsaçao", cuja letra será apresentada, dentro em breve, neste mesmo blog.

A segunda parte do mini-concerto, menos boa, foi preenchida pelas músicas do segundo álbum. Um ar mais rockeiro fez despoletar a excelente forma da voz de Susana Félix que teve de cantar sentada, devido ao entorse no pé.

Pena foi que não tenha sido cantada nenhuma música do primeiro álbum, a meu ver o segundo melhor, após este Índigo.

Tenho pena que todos os meus amigos mais intimos que convidei, não quiseram ou não puderam estar presentes num espectáculo que sei que iriam gostar, mesmo não gostando muito de Susana Félix. Felizmente, houve a excepção de um amigo, obrigado.


Susana Félix no programa "Dança Comigo" da RTP1

sábado, abril 29, 2006

Vem Comigo Fazer Sexo!

A vida sexual de uma pessoa a cada um diz respeito. Contudo, vários são os desabafos e comentários sobre determinadas experiências sexuais que fazemos aos nossos amigos.

Há quem não goste muito de sexo e o faça só para agradar ao seu companheiro. Há quem tenha dias marcados para o sexo. Há quem tenha sexo frequentemente. Há quem faça sexo com amor mas sem prazer fisico e vice-versa. Há quem faça sexo com amor e tenha prazer fisico e sem amor e prazer fisico também. Há quem goste de sexo mais hard. Há quem goste de twist. Há variadissimas situações e gostos dentro do sexo.

O sexo é de facto um mundo que move muita coisa. Por mais que se diga que não é importante, este é sempre um dos alicerces fortes de uma relação. E quando este alicerce tem um problema, a relação fica também ela muito mais fraca. Procurar sexo fora da relação é a forma mais rápida, fácil e usual para combater este problema. Contudo, não é a mais indicada quando se quer manter uma relação.

Quando se tem uma relação em que duas pessoas divergem na forma de encarar o sexo há que haver um consenso de parte a parte sem que a opinião de um prevaleça por completo sobre a do outro. Nem sempre é fácil, é certo, mas há que tentar.

Claro está que quando não se tem ninguém as coisas são muito fáceis. Se não gostarmos do sexo que estamos a ter há sempre forma de apressar "a coisa", de inventar desculpas ou de sermos directos e vir embora. Mas quando temos um prazer fenomenal com alguém que mal conhecemos e pensamos nas nossas relações? Ou quando estamos cheios de desejo sexual por alguém e temos uma relação com outra pessoa?
Mesmo para as pessoas que não têm tabus nenhuns no sexo há sempre situações que não são resolvidas por amor à outra pessoa. Será isso o certo? E quando pomos o amor de lado e fazemos prevalecer o nosso prazer o que acontece à nossa relação? Tantas são as questões sem respostas certas porque todos somos diferentes e nos comportamos também de forma diferente.

Seja como for, o sexo é algo necessário para o nosso bem estar e auto-estima. E por isso, há que fazê-lo.

E para quem gosta de ver conflitos interiores de carga sexual, aconselho a verem o magnifico filme "Vem Comigo" de Clément Virgo com a bela Lauren Lee Smith em exibição em algumas salas de cinema, como o Alvaláxia, em Lisboa. O argumento consiste na história de uma mulher sexualmente voraz que se depara com o problema de se apaixonar por um homem que conheceu sexualmente. A apartir daí há que saber conviver com esse sentimento que se apoderou dela.

Um filme a não perder.

terça-feira, abril 25, 2006

O Desespero do Atendimento a Ignorantes

Nunca fui muito patriota mas confesso que não gosto de ver a maior parte das pessoas que me rodeiam a dizer que este País é uma desgraça e naquele é que é bom, etc, etc. Algumas dessas pessoas nada fazem para que o País evolua, muito pelo contrário. Não fazem por evoluir na vida, no trabalho, na relação para com as outras pessoas...Preferem dizer mal de tudo e de todos.

Vários foram os estudos feito a países europeus em que o resultado foi sempre o mesmo: Portugal é o país mais pessimista da Europa.

Sei que Portugal não é o melhor país do mundo, também eu me queixo, por vezes, mas não nos podemos esquecer que o resto do mundo também não está muito melhor.

Bem, mas tudo isto que escrevi é para agora dar razão à maior parte das pessoas. Ou seja, para me contradizer um pouco. Isto porque quero dar-vos a conhecer a ignorância "divertida" das pessoas que atendo numa linha de apoio técnico da PT Comunicações.

Nunca em tão curto espaço de tempo (3 meses) tinha atendido tantas pessoas ignorantes. Não o estou a dizer em sentido pejurativo mas é um facto, infelizmente.

Uma das situações refere-se a uma senhora que tinha adquirido um telefone móvel sem fios chamado Fujitsu ao qual a senhora referia-se sempre como o fugitivo. Isto ao longo de uma chamada inteira.
Uma outra chamada atendida, referia-se também ao mesmo telefone, em que a pessoa que ligou iniciou a chamada dizendo: "Olhe, eu comprei um fogão. Ai que disparate! Comprei um relógio Fujitsu e agora não consigo fazer chamadas." Digam-me o que se responde numa situação destas? Eu limitei-me a colocar em mute o telefone, ri-me um pouco e voltei à linha como se a cliente tivesse dito tudo correcto, ou seja, como se tivesse dito que tem um telefone Fujitsu. O mais grave é que durante a conversação a cliente referiu mais uma vez "o relógio Fujitsu". Será que estava mesmo convencida que relógio é sinónimo de telefone? Pois, não sei.
A PT Comunicações tem também um telefone portátil chamado PT Easy ao qual os clientes inventam os mais variados nomes. Só me lembro de alguns como o PT Iázi, o Iézi, o Iásei, o Zi...Já podem imaginar.
Um outro telefone disponibilizado pela PT é o Usetel Acis que tem um visor, como a maior partes dos telefones recentes da PT. A cliente em causa não conseguia ver o que estava no ecrã porque insistia que o telefone não tinha visor. Quando não existe este telefone sem visor. Após várias tentativas, a cliente lá verificou que tinha um pano sobre o visor e que nem sabia que o seu telefone tinha visor, tendo exclamado: "Que engraçado".
Outra chamada surreal referia-se a uma cliente que iniciou a sua conversa dizendo: "Olhe, boa tarde! Eu estou muito cansada da minha cabeça e precisava de descansar, não me podiam desligar o telefone por um bocadinho?" "Chocado" com o que tinha acabado de ouvir pedi à cliente para repetir a sua questão, ao qual a cliente confirmou o que tinha ouvido incialmente. Assim, informei que isso não é possível mas que poderá desligar o telefone da tomada para não ser incomodada. A cliente mostrou-se surpreendida e agradeceu.
Por último, a melhor. Uma cliente disse-me que tem um telefone preto ao qual chama de preto e um outro portátil que chama de pretinho. Isto após a resolução do problema da cliente. A cliente perguntou-me então quem eu acharia que seria a mãe. Eu respondi que não fazia ideia. A cliente insistiu: - Vá lá, então não advinha!? - Não. - Adivinhe lá, concerteza que deve ter uma ideia. - Sim, tenho mas prefiro não dizer (pensava eu que fosse a cliente). - Então a mãe é a base do telefone do pretinho. Para quem não sabe, a base é onde os telefones portáteis são colocados para carregar. A lógica da cliente é que a base é do sexo feminino e tem o pretinho em cima, ou seja, era como estivesse ao colo da mãe quando está a carregar. Imaginem se eu tivesse dito o que pensava. A bronca que seria. Contudo, a cliente mais à frente ainda disse que era a madrinha deles.

Agora digam-me se não é preciso ter paciência para aguentar estes clientes durante 13 horas seguidas, seis dias seguidos por semana? Percebem agora porque me refiro a este trabalho como algo desesperante e como uma fase que pretendo esquecer num futuro próximo?

Estas são apenas algumas das situações que me lembro e que me aconteceram, pois muitas mais aconteceram e aos meus colegas também, igualmente surreais.

domingo, abril 23, 2006

Um Jantar Com Personalidade

Ontem tive a oportunidade de estar presente num jantar de aniversário de um amigo meu para o qual fui convidado. Jantar esse que ficará na minha memória como tendo sido o jantar mais bem conseguido, devido ao facto de ter sido possível juntar num só grupo um leque de pessoas todas elas interessantes, talvez apenas com duas excepções.

É algo raro de acontecer. Apesar de não ter falado com grande parte das pessoas, por ter sido um grupo grande, bastava olhar para os convidados e conseguia-se ter uma percepção do tipo de pessoas que eram. Todas elas transparentes, à excepção de uma pessoa (que não é nenhuma das excepções acima referidas) e com algo de interessante para desfrutar e tirar prazer de uma conversa, no minimo. Havendo uma só pessoa que parecia estar a passar um frete (sendo uma das excepções referidas em primeiro lugar).

Gostaria de fazer um comentário de todas as pessoas mas tenho receio de me esquecer de alguma e, por isso, irei comentar as que se destacaram aos meus olhos.

Comecemos pelas senhoras. Uma rapariga pequenina, sempre sorridente e com um ar rebelde. Foi, sem dúvida, a alegria de parte da mesa. As histórias e conversas envolveram várias pessoas que não sabiam bem o que falar.
Outra rapariga que, penso que estava em frente à rapariga acima referida não se destacou durante o jantar. Mas como tive oportunidade de falar com ela após o jantar acho que merece o seu destaque. É uma pessoa de grande simpatia, muito sorridente também (acho que é um bem de familia) e com ar de que tem muito para contar. Demonstra uma certa serenidade, bonita de se ver.
Uma outra pessoa do sexo feminino foi a que esteve sentada ao meu lado, que por sua vez, não necessita de comentários ou não fosse ela irmã de quem é. Simpatia, beleza, humor inteligente, sinceridade, saber estar... são apenas algumas das características desta pessoa.
Por último, a rapariga que também destaco é uma pessoa ruiva, morena e muito bonita também. Transmite também verdade naquilo que diz e usufrui de um humor, simpatia e meiguice contagiante.

Passemos aos homens da noite.
O anfitrião, como devem calcular, portou-se à altura. Extrema simpatia, beleza, um sorriso contagiante (mais uma vez digo que é um bem de família) e de uma atenção para com as pessoas fora do normal. Agradeço, na parte que me toca.
Em relação à pessoa que estava em frente ao anfitrião sou suspeito para falar. Não existem palavras elogiosas para caracterizar a grandeza de tal ser. Simpatia, beleza, amizade, humor inteligente, sinceridade, voz magnifica a cantar (emocionaste-me), bom dançarino... Tudo o que pensarem de bom, ele tem.
A outra pessoa...começo por dizer...abençoados 20 cêntimos. O olhar penetrante e brilhante e os dentes, foram o primeiro destaque. Depois veio a simpatia, a beleza, a boa disposição, a transparência a querer ser ocultada, a cordialidade...e não quero comentar mais por razões óbvias.
Outros dois rapazes que se destacaram foram duas pessoas amigas que não irei comentar a pedido de uma e porque os meus comentários acabam sempre por ser mal interpretados. Mas gosto de vocês, não se esqueçam disso.
Outro rapaz de olhar timido e muito fechado despertou-me um certo interesse em saber mais.
Outra pessoa de sexo masculino que estava ao meu lado e falava espanhol destaco a sua beleza, simpatia e boa disposição.
Por último...foi por acaso a última pessoa a chegar mas nem por isso a sua beleza e o seu olhar cativante passaram despercebidos.

As excepções, como viram prefiro não comentar até por que o balanço do jantar foi de 98%.

Agradeço o convite, a simpatia e a compreensão de quem me convidou.
Thanks.

quinta-feira, abril 20, 2006

A Descoberta!

Eu gostava que fosses...transmites tanta coisa...o teu sorriso...o teu corpinho...o teu riso...será?
Há quem não tenha dúvidas...Hoje fiz por ouvir uma conversa tua ao telefone...Quando ouvi as minhas dúvidas confirmaram-se. Mas agora questiono-me se terei ouvido mesmo bem ou senão terei ouvido aquilo que queria ouvir?


Há dias vi-te com alguém suspeito...Será que também és? De facto das-te bem com a pessoa acima referida.

Será que no sitio onde acho não haver ninguém que me diga algo há afinal muito mais do que seria suposto?

O que vale é que alguém já me deu uma ideia e em breve terei as minhas dúvidas dissipadas.

Irei à luta.

quarta-feira, abril 19, 2006

A Personalidade Que Há Em Ti...

Por vezes, precisamos que alguém de quem gostamos comece a ter atitudes que nós gostemos menos para que nós possamos acordar para a vida.
Que passemos a ser iguais para todos e desculpar as mesmas coisas a todos.
Isso faz com que nos deixemos de preocupar com as pessoas que apenas se precocupam quando é estritamente necessário. Até porque é assim que deve ser. Primeiro nós, depois os outros.

Mas há alturas que passamos por um "espaço com pessoas" a que somos obrigados a estar e conviver por circunstâncias da vida, em que não nos sentimos bem. Talvez porque temos a esperança que não irá durar muito tempo também não nos damos a conhecer a essas pessoas. Preferimos ser ignorados. Preferimos passar uma ideia errada de nós próprios. Pois se nada nos agrada, para que fazer um esforço?

Mas aqui entramos numa outra dimensão. Afinal, estamos a deixar de nós próprios. Será isso o certo? Mas quem somos nós? Há pessoas que têm uma personalidade forte que em quase nada é alterada com a passagem de uma pessoa intima, de uma mudança profissional ou de uma mudança de cidade ou país. Outras há que mudam da água para o vinho consoante uma destas situações. E outras há que mudam sempre da mesma maneira e voltam sempre a ser como dantes quando tudo fica estabilizado ou volta ao início.

Em determinadas fases da nossa vida queremos mudar em nós aquilo que achamos que está mal. Queremos deixar o nosso marco mesmo nas mais pequeninas coisas. Mas como é sabido, aquele que é sempre autêntico para consigo próprio e para com os outros começa a ganhar inimigos. E será que estamos preparados para isso quando antes não os tinhamos? Eis uma luta interior em que só é possível ganhar quando existe uma "condição" favorável em todos os aspectos.
Esta é uma "guerra" por que todos devem lutar de forma a serem sempre entendidos, competitivos, saudáveis e de estarem de bem com a vida.

sábado, abril 15, 2006

You Are So Beautiful!

Quem me conhece já deveria achar estranho o facto de eu ainda não ter escrito nenhum post sobre Kylie Minogue.

Agora que foram publicadas as primeiras fotos do novo visual da Kylie após a quimioterapia e a radioterapia a que foi submetida aquando da detecção do cancro da mama, aqui está o post merecido.

Não vou escrever sobre o que me leva gostar tanto desta personalidade pois quem a conhece minimamente (através da sua música, entrevistas, personalidade... do seu ser) percebe o porque.

Fico feliz por saber que conseguiu vencer o cancro.
O facto de eu ter presenciado, por perto, vários casos idênticos, leva-me a compreender o sofrimento por que passam estas pessoas. Bem, como os seus familiares, amigos e namorados. Houve alturas em que não acreditei na cura. Aliás, nem mesmo os médicos. Mas felizmente todos os casos foram ultrapassados com sucesso. Uns ficaram a dever-se à sua força de vontade de viver e outros à própria medicina.

Mas voltando ao meu doce...Continua linda como sempre. Tendo até parte da sua coreografia do videoclip de Spinning Around sido imitada pela rainha da pop Madonna em Hung Up.

Os fãs ficam felizes com o teu regresso.



sexta-feira, abril 14, 2006

O Pecado Blog!

Eu tentei, eu juro que tentei mas não consegui.
Sei que a religião é um assunto muito pessoal para a maior parte das pessoas. Para mim não o é, mas sempre respeitei muito.
Muito se falou, no passado, nas igrejas surgidas à uns anos atrás em Portugal, como a IURD. Houve muita polémica e ridicularização desta igreja e dos seus fiéis.
Contudo, ontem foi difundida a notícia por parte do Vaticano dos novos pecados para a Igreja Católica. São eles: navegar durante muito tempo na internet, ver muita televisão e ler muitos jornais ou revistas. Estes novos pecados vieram juntar-se a outros também caricatos como o excesso de velocidade ou a fuga aos impostos.
Não condeno que se criem pecados, afinal o Mundo está a evoluir e a Igreja Católica tem de se adaptar às mudanças. Mas por que adaptar-se só na condenação dos seus fiéis? Por que não evoluir em temas como o uso do preservativo?
Não me quero alongar neste assunto senão nunca mais saíria daqui.
No entanto, não seria preferível apenas dizer aos fiéis que deverão ler mais a Bíblia do que inventar mais pecados, desculpem-me a ousadia, sem nexo?
Já existem tantas proibições, já ouvimos tantos não e ainda querem inventar mais?
Não será um pecado maior as pessoas meterem-se na vida de outras pessoas que, por vezes, nem conhecem? Ou criticar alguém com desdém?
Quando frequentava a Igreja via muitas situações destas. Não será isso um pecado maior e o que é mais exercido em todo o mundo, a seguir ao sexo?
Sei que o Vaticano não lê o meu blog e nem sequer sabe da minha existência mas aqui fica a minha opinião.

terça-feira, abril 11, 2006

Uma Aventura Num Autocarro dos TST!

Numa terça-feira de manhã bem cedo, um jovem apanha um autocarro com direcção à Costa da Caparica.

Ao entrar no autocarro mostra o passe ao motorista e senta-se no penúltimo lugar.
Duas paragens depois, duas mulheres de meia idade sentam-se atrás do jovem começando a falar da reforma.
Logo na paragem seguinte, deu-se a entrada de uma senhora "tia" loura com os seus 35 anos, aproximadamente, que se colocou em pé perto do jovem e das duas mulheres de meia idade.

Conforme chegou, a "tia" logo meteu conversa com as senhoras de meia idade, dizendo: - Eu acho uma piada a vocês a preocuparem-se com a reforma. Não ouvem o que eles dizem? Não vêem telejornais? Não vai haver dinheiro para vocês, podem ficar descansadas. Não precisam de estar preocupadas.
- Ó cara linda abre-me ali a janela antes que eu morra a respirar este ar. Disse a tia ao jovem.
Obrigada! Disse a "tia" ao jovem após este abrir a janela.
- De nada. Disse o jovem.

Entretanto uma pessoa levantou-se, e ficou um lugar vago perto da "tia". Esta olhou para o banco vago e disse: Jamais poderei sentar-me nesse banco imundo senão a minha saia branca ficava toda negra. Até mesmo este poste, mas enfim. Referia-se ao poste onde se segurava no autocarro.

As mulheres de meia idade iam comentando o que foi dito pela "tia". Esta disse: Pois é, vocês deviam ver mais telejornais, não estão reformadas? Têm tanto tempo, o que é que vocês fazem?
- Realmente tem razão. Responderam as mulheres, rindo-se.
- Riam-se, riam-se. Disse a "tia" no seu discurso firme mas num tom de voz simpático, embora as palavras parecessem sempre arrogantes.
- Ai, esta senhora é muito engraçada. Disseram as mulheres.
- Então e viram o que aconteceu na Costa?
- Não! Responderam as mulheres.
- Então não ouviram falar da onda gigante que inundou a Costa toda?
- A sério? Quando? Não ouvi nada.
- Pois não ouviram porque não vêem telejornais.
- Mas não foi muito divulgado. Disseram as mulheres.
- Não foi por que também não lhes interessa, senão perdiam os turistas.
- Pois, tem razão.
- A Costa é muito perigosa. Ainda à pouco tempo um sobrinho meu ia ficando lá. O mar fez um rodopio e por pouco não ficou lá. E sei de muitas mais história idênticas. Até na Fonte da Telha e praias da Rainha e do Rei.
- Eu sempre tive muito respeito pelo mar. Dizia uma das mulheres.
- Bem, vou-me embora minhas queridas. Adeus, fiquem bem. Disse a "tia".
E lá saiu a loura na paragem em frente ao Hospital Garcia da Horta, em Almada.
- Pois é, mas a senhora tem razão, o mar é muito perigoso. Dizia uma das mulheres, referindo-se à "tia".
- Logo na paragem seguinte, o jovem sai na paragem em frente à estação dos comboios da Fertagus no Pragal, em Almada.

Esta foi uma pequena peripécia da qual fiz parte e achei piada relatar aqui no blog.
Achei muito engraçado a "tia" meter-se com as senhoras do povo falando tão bem com elas sempre num tom amigável e com piada. Embora as palavras aqui colocadas possam parecer arrogantes pois são escritas.

O jovem era eu, claro está.

domingo, abril 09, 2006

Heartlife!

Por que nem só as tristezas são para partilhar quero que saibam que finalmente estou "curado".

A meio desta semana, o meu passado ficou finalmente guardado no sitio onde devia estar, no coração. Finalmente saiu tudo da minha cabeça. Os pensamentos, as obsessões, as comparações, a mágoa e a tristeza deram lugar a uma mente limpa e arrumada.

De facto, quando estamos bem só atraímos coisas boas. Não é por mero acaso que quando começamos a namorar é que vêmos várias pessoas bonitas interessadas em nós. Pois estamos tão felizes que essa felicidade irradia beleza para o exterior.

Não comecei a namorar com ninguém mas só o facto de estar bem comigo próprio surtiu logo efeito, até demais.

De quinta a domingo tudo foi bom e só posso agradecer a todas as pessoas que me deram esses bons momentos. E um muito obrigado a todos os que me "aturaram" nestes últimos seis meses tão dificeis para mim.

Agora estou a viver a minha vida novamente.

sexta-feira, abril 07, 2006

A Banda Sonora

Esta semana consegui convencer alguns amigos meus a ir ver e ouvir o concerto de Bernado Sasseti no renovado Teatro Maria de Matos, em Lisboa.

Ouvir a banda sonora do filme Alice ao vivo é qualquer coisa que nos transcende a alma e nos faz "viajar" pelo que foi a nossa vida.

Ao vivo, esta banda sonora passa a ser a da nossa vida.
E que bom que é lembrar os meus 19 anos em que andava pela noite sempre em busca de mais. Fazia tudo sozinho mas conseguia tudo aquilo que queria. Poderia esperar horas pelos transportes mas conseguia ir até onde queria sem medos. Recordar estes tempos solitários mas nem por isso menos bons foi um balsamo.
Os meus 19 e 24 anos foram os grandes anos da minha vida. E, algo me diz, que os meus 26 tambem farão parte desse leque.

Voltando à Terra... Quando vamos a concertos que não são somente instrumentais, acabamos por dar quase toda a atenção ao vocalista. Afinal, é este que canta, dança e puxa pelo seu público. Não damos a atenção devida aos músicos que estão por detrás de quem dá tudo pela sua voz.
O que é certo é que estes estudam anos para conseguir tocar determinados instrumentos. E há quem tenha a sorte de não ter a necessidade de fazer quase nada para cantar. Há quem goze daquela estrelinha do céu que lhe deu uma voz bonita de ser ouvida. Claro está que há quem faça tudo para aperfeiçoar a voz mas esta tem-se naturalmente.

Num concerto em que os músicos são as estrelas de um espectáculo podemos ver e ouvir o quanto é dificil e perfeito o toque e sons saídos dos instrumentos musicais.

A magnificiência do espectáculo ouvido ontem provocou aquilo que os concertos devem fazer sentir: prazer, pensamentos e "diversão". Este, por sua vez, provocou em mim uma calma relaxante exacerbada de um prazer infinito.

quarta-feira, abril 05, 2006

Anti-Hino!

Muitas vezes se discute que há liberdade a mais e que antes do 25 de Abril é que era bom. Dispensando o comentário a esta frase, a verdade é que às vezes a liberdade ultrapassa o limite do aceitável.
Senão veja-se o refrão do hino da Galp para o Mundial de Futebol 2006: "Vamos com tudo, meter o pé, chutar primeiro / que o último a chegar é paneleiro."

Após a audição de tal refrão as associações gays e lésbicas manifestaram-se contra o que consideraram ser uma expressão homofóbica.
A Galp, por sua vez, disse que pretendia que a mensagem a ser transmitida fosse de irreverência e originalidade e que não tinha intenção de ofender ninguém. Assim, decidiu alterar a palavra paneleiro para calafeiro.

Dei-me ao trabalho de tentar saber o significado de tal palavra mas sem sucesso. Seja qual for o seu significado, penso que não fica nada bem na frase.

De referir que a Galp ainda assim decidiu alterar a letra da capa de alguns cds que já estavam prontos a ser distribuídos.

Apesar da empresa em questão ter voltado atrás, o refrão original é de um mau gosto incrível. Será que ninguém pensou nisso? Apesar de eu ser licenciado na área de marketing sei que tem de haver limites. A sorte, é que esta notícia não foi muito divulgada, pois até podia sujar o bom nome que a empresa tem. Daí a resposta rápida da Galp.

Nunca fui de defender os gays. Todas as brincadeiras que oiço diariamente passam-me completamente ao lado. Ao contrário de alguns amigos meus que não deixam passar em branco. Curiosamente até são pessoas que não estão tão bem integradas no mundo gay. Mas, de facto, o hino da Galp não me passou ao lado, visto tratar-se de uma das maiores empresas portuguesas com grande impacto na sociedade portuguesa.

Se em 2004 o hino da Galp para o Europeu de Futebol teve o mesmo ou até mais impacto que o hino oficial cantado por Nelly Furtado em Portugal, o hino do Mundial de 2006 corre o risco de passar despercebido a um número restrito de pessoas como eu.

segunda-feira, abril 03, 2006

Marketing Cultural

Será que existe alguma diferença do marketing tradicional para o marketing cultural?

Segundo François Colbert, professor de marketing em França, existe.

Lida a entrevista dada à revista Marketeer de Março de 2006, percebe-se o porque.

De facto é uma área crescente e bastante motivante devido à sua complexidade. Pois se já é dificil determinar um produto com vista a um determinado target tradicional, mais dificil será atingir um público bem informado e culto.

Contudo a principal diferença reside no facto de o marketing cultural iniciar o seu estudo no produto, ao contrário do mercado tradicional que incide no mercado, numa primeira fase.
Tudo advém portanto do artista ou do património, visto não se poder pedir ao artista para mudar. Assim, temos de fazer chegar o produto ao target, através de campanhas inovadoras e inteligentes tal como o seu público.

Acho uma área muito mais interessante para qualquer marketeer visto ter de trabalhar para um publico inteligente. Não havendo a necessidade, de, por exemplo, fazer campanhas para clientes que consumam detergentes para a louça. Onde estas são obrigados a serem o mais simples e directas possíveis.

Não havendo muita margem para atingir o público alvo, à excepção das próprias campanhas, o Estado e as empresas assumem aqui um papel crucial, na maior parte das vezes. Visto os patrocinios destas entidades poderem credibilizar o produto e o próprio Estado e as empresas.
Digamos que junta-se o últil ao agradável para ambas as partes no chamado marketing cultural.

domingo, abril 02, 2006

Hung Up

Ontem digamos que foi o dia e noite da minha catarse. O dia em que frases soltas fizeram todo o significado.

Numa noite, junta-se música, tristeza, raiva, alegria, bebida, gays, amigos e ex namorados e a que é que isto nos pode levar? À loucura. Nunca estive sob o efeito de drogas mas o momento vivido ontem à noite foi de plena loucura em que não conseguia parar.

Ontem cheguei à conclusão que mais uma vez a culpa de estar assim não é de duas pessoas mas sim de quase só uma pessoa. Eu próprio.


Friamente poderei dizer que não fui mais do que um rato cobaia para alguém aprender a amar. Dei amor em que este foi confundido com passividade e inércia. O querer agradar em tudo, fazendo tudo em prol de outra pessoa foi visto como falta de personalidade.
Contudo, continuei amar quem fez os possíveis para o conseguir também, sem sucesso. Talvez só hoje a pessoa se tenha apercebido disso. Mas também sei que essa pessoa pouca culpa tem. Afinal, a vida é mesmo assim. Ninguém manda nos corações de ninguém. Nem mesmo dos nossos.

O que me entristece (embora compreenda perfeitamente pois também eu aprendi muito com esta relação) é ver a vida amorosa de outra pessoa facilitada após feita a experiência com a cobaia. Ao contrário do que toda a gente pensa não é o facto de ver essas duas pessoas juntas. É ver coisas que antes não podia fazer e agora a nova pessoa faz e até acham graça. É ver o respeito que lhe é dado, as ofertas dadas, as vontades realizadas, a atenção, a admiração e os elogios. É simplesmente, ver o amor que não me foi dado.

Custa-me mais uma vez sentir que não passei de algo como se fosse um objecto pela vida de uma pessoa.
Ainda não aprendi a conquistar o amor quando me dão algo em troca parecido. Penso logo que é amor e então tento construir algo que não existe em vez de conquistar.
Existe sempre o gostar de alguém, o carinho com o qual eu sempre confundo com amor quando vem da outra parte. Mas porque será que todos confundem e eu não? Porque será que tenho tanta facilidade em amar ao contrário das outras pessoas?
Conheço pessoas que até à pouco tempo não tinham conseguido amar. Então porque eu amar sempre?

A simples frase que alguém me disse ontem fez-me concluir tudo - Ouviste o que ele disse? Eu nunca te ouvi dizer nada assim.

Finalmente rendo-me às evidências que a minha cegueira nunca deixou ver. Têm alguma razão. Mas o culpado sou apenas eu, mais ninguém.

Perdoem-me as pessoas que estão expostas neste post mas tinha de o escrever pois, pela primeira vez, não consigo desabafar com ninguém o que me vai na alma.
A ambas as pessoas quero dizer que gosto sinceramente de vocês. À pessoa que esteve comigo desejo toda a felicidade do mundo neste amor. Vejo que estás na plenitude e fico feliz por ti. Embora não possa ser hipócrita e dizer que fico feliz por mim. À pessoa que pouco conheço não tenho nada contra. O pouco que conheço gosto e por isso aqui fica a minha admiração por ela. Sejam felizes! São os meus desejos sinceros.

Parece que estou a fazer uma despedida* mas é isso mesmo que quero fazer. Pois, pela segunda vez na minha vida estou à beira de um esgotamento e não quero que isso aconteça. O facto de, esta semana, ter começado a ver tudo distorcido e com dores de cabeça fortes fizeram-me concluir que tenho de me levantar de uma vez por todas. A única coisa a manter será mesmo as horas de trabalho por mais dois meses.
Muitas mais coisas se passaram mas não são para comentar pois não quero que tenham pena de mim. Apenas quero desabafar. E a escrita no meu blog tem sido o meu escape. Embora de agora em diante, tenciono direccioná-lo ao objectivo que me propus no meu primeiro post.

Acredito que depois do dia de ontem tenha ficado finalmente curado no aspecto de afastar todos os pensamentos que me levam a cair. Há que conviver com uma vida rechiada de fracassos, a nível profissional e amoroso, e procurar sucessos em ambos os campos. Aprender com o passado mas não ficar nele. Viver a vida para frente e olhar o passado com carinho.

P.S. - Apesar de poder parecer que me arrependo da relação que tive, jamais me arrependerei. Tudo o que foi vivido foi com muita sinceridade e honestidade a nível de sentimentos de ambas as partes. Valorizo imenso a pessoa em si e as coisas a mudar, ela já mudou.

* - A despedida acima referida refere-se a pensamentos e conversas. Obviamente que não é às pessoas envolvidas.

sábado, abril 01, 2006

A Parte Dificil e Má da Amizade

Há alturas na vida em que as pessoas de quem gostamos não se dão bem. Ou porque discutiram, ou porque terminaram namoro o desfecho é sempre o mesmo, o corte de uma relação. Ainda que, em alguns casos, possa surgir um outro tipo de relação com essa mesma pessoa.
Tudo isto cria embaraço para quem gosta das pessoas que não se falam. Temos de estar com amigos separados porque agora já não se falam. Combinar um dia com X, outro dia com Y. Ou acabar por não estar com ninguém quando o que queríamos era juntar todas as pessoas de quem gostamos. Uma verdadeira utopia, actualmente, para mim.
São situações que me deixam triste e mais triste fico quando também eu provoco essas situações.
Quem me conhece sabe que não sou de seguir conselhos, sou teimoso demais para o fazer. Normalmente, faço sempre o contrário. Verdade seja dita que também não segui o conselho de ninguém. Simplesmente, tomei uma decisão que agora vejo que corresponde aos conselhos dados anteriormente.
Ainda que essa decisão em nada altera a minha relação para com essas pessoas. Pois apenas foi uma decisão interior, não exterior.
Perdoem-me por também eu deixar-vos embaraçados.
Não se tratando de nenhum amigo meu, deixem-me que vos diga que existe muita hipocrisia nas supostas amizades. Infelizmente, o "estatuto" de uma pessoa vale mesmo tudo nesta sociedade. Até de quem não tem nenhum valor para isso, visto ter sido as companhias que a fizeram mudar de estatuto.
A partir do momento em que se assume algo de diferente, tudo muda e, então, os amigos de outrora aparecem. O problema está é que esse algo de diferente não dura para sempre. E depois, quando acabar? Separam-se novamente? Cresçam e apareçam.
P.S.1 - Sei que as pessoas minhas amigas que lêem o blog poderão nem sempre perceber o que escrevo, ao contrário das que lêem e fazem comentários (talvez por serem mais intimas). Mas talvez estas últimas não percebam este post. Mais uma vez sublinho que nada do que escrevi é sobre alguém que tenha por hábito ler o meu blog. Ainda que em breve isso possa vir a acontecer por sugestão da vossa parte. Não me façam a pergunta de quem são essas pessoas. Pois cada vez mais me apercebo, que, por vezes, a verdade tem de ser ocultada, infelizmente. Uma vez que nem sempre estamos preparados para a ouvir.Sei que o blog está muito confuso e mal escrito mas não o consegui escrever de outra maneira. E precisava de o escrever mais como desabafo do que como algo de interessante para ser lido.