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segunda-feira, junho 26, 2006

Para ler com carinho...


Lésbicas contornam a lei e inseminam-se em casa

Sónia Morais Santos
André Carrilho

Esta é a minha mamã Marta. E esta é a minha mamã Cláudia." O Pedro tem cinco anos e encarrega-se das apresentações. Na história da sua vida não há um pai. O Pedro tem duas mães.

Marta e Cláudia vivem juntas há dez anos, no Porto. Conheceram-se, apaixonaram-se e, passado um ano de namoro, juntaram os trapos na mesma casa. Pouco tempo depois, começaram a pensar em filhos. Marta tem 38 anos e sempre quis ser mãe: "Quando percebi que era lésbica achei que não poderia concretizar o meu maior sonho."

A ideia de que a maternidade está vedada aos homossexuais é explicada pela psicóloga Isabel Leal no seu livro Psicologia da Gravidez e da Parentalidade: "A expectativa da comunidade em geral é a de que os indivíduos homossexuais, homens ou mulheres, uma vez reconhecida e assumida a sua orientação sexual, abdiquem voluntariamente e em nome não se sabe bem de que valores (os mais invocados costumam ser o do direito das crianças) de virem a ser pais e mães." Para Isabel Leal, o que motiva esta assunção é um de dois aspectos: "Ou um preconceito tenebroso e encapotado ou uma ingenuidade confrangedora."

Marta não sabe se foi preconceito, ingenuidade ou falta de imaginação o que a levou a supor que ser lésbica era sinónimo de não ser mãe: "Acho que me limitei a pensar: se não gosto de homens e eles são inevitáveis para que se faça um bebé, nunca vou poder ser mãe." A lei da procriação medicamente assistida (PMA), aprovada a 25 de Maio, reforça esta ideia, ao determinar que apenas casais heterossexuais podem recorrer à PMA, excluindo deste modo todas as mulheres sós.

Mas a exclusão da lei é contornável, como quase todas. Em Espanha, a lei de 1988 estipula apenas que as mulheres sejam maiores de idade, sem exigir saber estado civil ou afectivo. Foi justamente essa ausência de questões prévias que levou Marta e Cláudia a optar por uma clínica em Espanha. Marta foi inseminada com esperma de um dador anónimo e, como não engravidou à primeira, repetiu o procedimento mais duas vezes, gastando ao todo cerca de 3000 euros. "À terceira foi de vez. A Cláudia não tinha nenhuma vontade de ter um bebé a crescer na barriga. E, por isso, esteve sempre comigo mas fui eu que engravidei." E assim nasceu o Pedro.

A experiência foi tão forte que quiseram repetir. Mas, com a Sara, hoje com dois anos, foi diferente. As mães não foram a Espanha mas optaram por uma "inseminação caseira" (ver infografia): "Temos um grupo de amigos gays que disseram logo que nos ajudavam. Não queriam qualquer responsabilidade na educação da criança mas disponibilizavam-se para serem dadores." Foi assim que Marta e Cláudia recolheram quatro recipientes com esperma de quatro amigos, baralharam-nos e escolheram um, aleatoriamente: "Foi a forma que encontrámos de não sabermos realmente quem era o pai."

Nessa noite, as duas mulheres envolveram-se com paixão redobrada: "Queríamos ter um filho numa noite de amor, como qualquer casal. Ser inseminada pela Cláudia foi muito especial para mim, para nós." E correu tão bem que resultou à primeira. Nove meses depois, nascia a Sara. "Hoje, a relação dos nossos quatro amigos com a Sara é muito gira. Eles adoram-na, têm uma proximidade muito parental com ela."

Se um dia algum dos amigos quiser levantar uma acção de averiguação da paternidade, pode fazê-lo (ver caixa, pág. ao lado). De qualquer modo, Marta e Cláudia não estão preocupadas: "Escolhemos estes amigos porque confiamos neles."

No colégio do Pedro e da Sara, todos sabem que eles não têm um pai e uma mãe. Todos sabem que aqueles meninos têm duas mães. E nunca ninguém levantou qualquer questão. Só os amiguinhos do Pedro é que estranharam quando, no primeiro Dia da Mãe que passaram juntos na escola, o Pedro trouxe não uma mas duas mamãs. E quando, no Dia do Pai, as duas mães voltaram à escola, um dos colegas não se conteve: "Então mas tu tens duas mães e dois pais que são meninas?" Uma confusão que o Pedro, então com três anos, se apressou a resolver: "Não. Eu tenho duas mães. E não tenho pai. O meu pai são as minhas mães."

O assunto parece estar bem resolvido na cabeça do Pedro. Pelo menos para já. Mas o pedopsiquiatra Emílio Salgueiro acredita que "a homoparentalidade pode trazer problemas complexos ao desenvolvimento da criança, nomeadamente no que diz respeito à aquisição de identidade de género." Para o especialista, "uma criança filha de um casal homossexual não será obrigatoriamente homossexual mas a probabilidade aumenta muito".

José Alberto Garrido, pedopsiquiatra do Hospital Pediátrico de Coimbra, não vai tão longe: "Creio que uma situação dessas nunca é tão boa para o desenvolvimento de uma criança como crescer com um pai e uma mãe. Mas isso não significa que a criança venha a ter alguma patologia ou venha a ser homossexual." E acrescenta: "Acho que não podemos ser fundamentalistas. Seria idiota dizer que é pior crescer com duas mães do que numa instituição ou numa família disfuncional. Mas é claro que há um impacto na criança."

Joana (nome fictício) tem 39 anos, vive em Aveiro e tem uma filha com um ano e meio. Ao contrário de Marta, Joana avançou sozinha para a aventura da maternidade. "Estava com muita vontade de ter um filho. E arranjei um dador muito especial." O pai da Mafalda é heterossexual e está casado: "A mulher dele não pode ter filhos. E ele queria ser dador, ajudar mulheres homossexuais a realizar o seu sonho."

E assim foi. Joana inseminou-se em casa e ficou grávida à primeira. Foi durante a gravidez que Joana mudou de ideias: "Achei que era importante que o pai registasse a filha. Perguntei-lhe e ele concordou. Hoje, ele e a mulher vêm visitar a Mafalda." Os amigos de Joana temem que a situação venha a complicar-se e que, um dia, o pai da pequena Mafalda e a mulher queiram ficar com ela. Joana diz que esse é um risco que as lésbicas se dispõem a correr quando recorrem a um dador conhecido. Mas, ainda assim, Joana preferiu o risco ao anonimato: "Acho que não lidava bem com o facto de não saber nada sobre o pai da minha filha. Não saber se era uma pessoa bonita por dentro, tolerante, inteligente. "

Hoje, Joana tem uma companheira que partilha com ela a casa e a vida. E quem diz a casa e a vida, diz também a educação da Mafalda. "A minha companheira adora a minha filha. E a Mafalda, sem ninguém lhe dizer nada, já começou a tratá-la por mamã. Como sente que o carinho e o amor vem das duas, trata as duas por mãe. E é uma menina feliz."

in www.dn.pt do dia 25/06/2006

sábado, junho 24, 2006

Será O Armário Mesmo Necessário?

Será que ser gay é uma qualidade?

Tenho um amigo em Londres que um dia disse que lá até é moda ser gay e que os gays são valorizados em detrimento de quem não se autentifica como sendo homossexual na procura de emprego. Outra pessoa que foi também recentemente para Londres logo arranjou emprego.

Ainda esta semana uma amiga minha me disse que adora que seja gay pois pode ter todo o tipo de conversas comigo.

Será que ser gay passou a ser uma caracteristica de personalidade e não uma orientação? Serão os gays assim tão diferentes a nível de personalidade?

Ontem tive a oportunidade de conhecer um grupo de gays de uma nova empresa que me impressionaram positivamente. Humildade, simpatia e sinceridade foram qualidades logo demonstradas no primeiro contacto pessoal. Até mesmo antes, via telefone. Nessa altura ainda não sabia que eram gays mas até comentei que achei humildade e simpatia a mais para quem não me conhece.
Tenho pena que estas qualidades nunca tenham sido demonstradas em tamanha grandeza noutras ocasiões de contactos empresariais. Humildade então foi mesmo a primeira. E não pensem que só eram assim para os rapazes. Nada disso, ali todos eram tratados de igual forma.

Antes havia a distinção de homossexuais e heterossexuais devido às orientações sexuais serem diferentes. Hoje parece haver muitas mais diferenças. Para o bem e para o mal.

sexta-feira, junho 23, 2006

A Minha Semana

Por vezes não conseguimos organizar o nosso tempo.
Esta semana foi excelente para mim. Devido a uma melhor organização, consegui estar com vários amigos em grupo e individualmente, trabalhar, ter tempo para ajudar quem precisa e dar uma palavra de alento, desejar boa sorte a quem agora também irá precisar de carinho, ver tudo o que queria ver a nível de televisão e cinema (nem sei como), ajudar a tirar medidas a quem comprou casa recentemente, sentir-me bem comigo próprio, poupar alguns euros, fazer mudanças no meu quarto (em casa dos meus pais), ter novas ideias para a minha casa, nova entrevista de trabalho, estabelecimento de datas para concretização de determinados objectivos, conhecimento de sitios onde há muito já gostaria de ter ido e só faltou mesmo a ida ao ginásio.

Que venham mais semanas assim.

Há dias ou semanas em que ao reflectirmos ficamos chateados por não termos feito nada de jeito. Mas esta semana, foi precisamente o contrário.

Por isso, aconselho também a organizar melhor o vosso tempo pois com sacrificio conseguimos aquilo que queremos.
Força!

Eu tentarei manter o ritmo (utopia).

quinta-feira, junho 22, 2006

Hostel vs Hard Candy

Como sabem, por vezes, sou do contra. E como tal não achei o filme Hard Candy nada de especial, apesar das distinções já recebidas.
Para ver filmes macabros prefiro o Hostel, que passou nas salas de cinema muito recentemente. É mais chocante e à primeira vista mais irreal. Mas será mesmo? O matar alguém de forma sádica por simples prazer parece algo bizarro. Mas se pensarmos que todos "nós" (alguma vez na vida ou sempre) gostamos de dominar e exercer algum poder sobre alguém, o caso talvez mude de figura. Quero com isto dizer que o prazer de exercer poder sobre alguém pode ser levado ao extremo por determinadas pessoas. Por esse motivo o que inicialmente achei irreal, acho agora uma história bastante credível.
Para além disso estou um bocadinho cansado de histórias de pedofilia e justiça pelas próprias mãos. Salvam-se as interpretações dos protagonistas de Hard Candy.
Dominação, masoquismo e sadomasoquismo existem pelo mundo fora. Por isso, quantos actos reais extremos existem sem o nosso conhecimento?

segunda-feira, junho 19, 2006

By Rmixme I - Jun

  • Susana Félix - Ela está em todas. É concertos pelo país fora, é participações em programas televisivos... Actualmente, quatro músicas da Susana estão em apenas três novelas da TVI . Assim, Flutuo faz parte da banda sonora de "Dei-te Quase Tudo", Concílios de "Fala-me de Amor" e, mais recentemente, Mais Olhos Que Barriga faz parte do genérico de "Tempo de Viver", bem como o grande tema Fintar a Pulsação que integra a banda sonora da mesma novela.

  • O novo álbum dos Nouvelle Vague já está à venda. Sabe tão bem ouvi-lo. É um bálsamo para qualquer altura do dia.



  • Finalmente foi posto à venda hoje o DVD de Madonna. Apesar de ter sido falado (eu sempre achei uma utopia devido ao concerto que assisti) foi cancelado o live in Lisbon. Assim, Lisboa apenas ocupa 20 minutos do DVD I´m Going To Tell You A Secret.



  • Kylie Minogue vai romper o silêncio sobre a sua doença, ao conceder no próximo mês a primeira entrevista televisiva desde que lhe foi diagnosticado cancro da mama
    A entrevista foi concedida à britânica Sky One e vai para o ar a 16 de Julho.

sábado, junho 17, 2006

Os Amigos de Dean

Arrepiante e de uma subtileza mordaz e real.

É a caracterização que posso fazer deste filme. Não quero dizer mais para vos despertar a curiosidade.


Os Amigos de Dean com Jamie Bell, Camilla Belle, Glenn Close, Ralph Fiennes, Allison Janney, entre outros.

sexta-feira, junho 16, 2006

Resumé des Vacances

Egoísmo/Medo

Desilusão, marchas populares, O Génio do Mal, hospital, limpeza, cama feita, A Vida é Bela, falta, cerejas, jantares, nouvelle vague, praia, chuva, Almada Forum, Dif, prazer, fotografias, Big Fish, sorrisos.

Amizade e/ou companhia e/ou amor de:

A. e Alex; J. e R.; pais; Lu.; P.; Luis

Falta ... :

...

Falta por incompatibilidades de agenda:

Dav, Gui e Car

Falta de alguém que ainda desconheço

sexta-feira, junho 09, 2006

Exausto

Poderia escrever muita coisa mas sinto que tenho de fazer uma pausa no meu blog. Poderá ser de muito poucos dias ou não. Mas agora sinto-me cansado. Exausto de tudo um pouco.
Espero que as férias me tragam aquilo que eu espero.

quarta-feira, junho 07, 2006

Ficção

A ficção domina hoje os principais canais portugueses. Várias são as novelas, séries e filmes transmitidos durante o dia.

Muitos são também os filmes que passam pela sala de cinema.

Apesar de haver alguns produtos de qualidade duvidosa, existe ficção com boa qualidade.
Porque é bom ver uma tema que nos é conhecido ou vivido exposto na televisão ou no grande ecrã de forma a identificarmo-nos ou como que a explicar a quem não percebe/percebeu o que nos está a acontecer. Choramos, rimos e vibramos. Vivemos a realidade através da ficção.

Existem cenas que me apeteciam gravar para todo o sempre pelo significado que me transmitem. Como se fossem uma fotografia.
Há também cenas em que fico contente por ver porque sei que determinada pessoa está também a ver e poderá reflectir sobre algo falado ou vivido por ela.

Claro que temos de ter os pés bem assentes no chão porque tudo não passa de ficção. Mas a verdade, é que existem cenas muito reais e com as quais podemos aprender.

Por tudo isto, todos temos um filme que nos marcou, uma série ou até mesmo uma novela. Num momento bom ou mau a ficção é sempre bem vinda, a meu ver.

A Desilusão!

Após um dia de trabalho de tédio fui ter com dois amigos meus até ao Parque Eduardo VII. Não, não foi à noite. Ai a vossa mente...
Fui visitar a Feira do Livro de Lisboa. Com menos bancas, a mesma voz a anunciar os livros do dia e a continuação da falta de dinamização do espaço. A desilusão.
Uma simples música ambiente era o suficiente para mudar por completo o ambiente vivido na feira. Algo que não é preciso muito dinheiro e que animaria muito mais o espaço.
A leitura não tem de dar uma ideia parada, uma ideia de intelectuais, de silêncio. A leitura tem de se tornar um prazer para todos os que a procuram. Porque não dinamizar o espaço com actividades lúdicas, com música...?
Para mim grande parte das actividades culturais podem-se conjugar no mesmo espaço. A leitura, dança, exposições, música... É por tudo isto que cada vez mais me interesso pelo marketing cultural. Há tanto por se fazer...
Enfim... A visita à feira foi, contudo, agradável pela companhia e pelo espaço fisico em si que só o visito uma a duas vezes por ano mas que gosto muito.

terça-feira, junho 06, 2006

06/06/06

Hoje é o dia da Besta.

Ron Mueck em Paris











Não resisti a partilhar com todos vocês estas magnificas esculturas gigantes de Ron Mueck expostas em Paris.

domingo, junho 04, 2006

Amizade de Ouro

Muitas são as coincidências que todos temos ao longo da vida. Fruto do destino ou não, a verdade é que acontecem.

A vida corre e estão sempre a surgir novas pessoas no nosso caminho.

À alguns anos passados, num final do tarde meti conversa com um rapaz num chat e não foi preciso muito tempo para um primeiro encontro real. Se durante alguns meses apenas nos viamos de vez em quando, depressa essa pequena "distância" esbateu-se.

Deu início então a construção de uma amizade que eu tanto prezo e tento cuidar como se de uma flor se tratasse. Porque nada é eterno, tento contrariar a regra em tudo na vida, sobretudo com esta amizade.

Claro que tudo isto só é possível por haver muitos pontos em comum a nível de personalidade e gostos. Mas como todos sabem isso não chega. Há que estar sempre presente seja qual for o momento. Porque gosto de presenciar e viver a felicidade desse alguém e poder sempre segurá-lo quando, por vezes, cai.

Nos últimos anos surgiram-nos várias coisas boas e más ao mesmo tempo e foi muito bom estarmos sempre juntos. Até ontem a nossa mudança de visual um pouco radical foi feita sem nenhum de nós saber que o outro iria fazer algo de diferente. Sem falar as coisas acontecem-nos e basta um olhar para vermos como o outro está.

Até hoje agradeço o facto de teres surgido na minha vida. Já vivemos tanta coisa que até parece que te conheço desde a infância. Poucas pessoas são como tu. Acredito que haja mais, embora eu só te conheça a ti como a qualidade em pessoa.

Continua a ser a linda e autêntica pessoa que és. Adoro-te A.

P.S.- Eu sei que não tens muito à vontade para falar este tipo de coisas mas não preciso que retribuas nada em palavras. Senti apenas a necessidade de dizer por palavras aquilo que tu sempre soubeste.

sexta-feira, junho 02, 2006

Amor Comprado

Num dos meus muitos pensamentos e reflexões nocturnas ocorreu-me algo que me deixou apreensivo.
Em meu redor vejo algum "amor comprado" seja ele de que tipo for (namoro, pais). Quero com isto dizer que para além de existirem pessoas que só estão interessadas no dinheiro da outra pessoa, existem também pessoas que passaram a amar após "o pagamento".
Passo a explicar. Existem pessoas que não gostavam de determinada pessoa. Mas foi tanta a insistência a nível monetário, para além do amor dado, que acabaram por ceder. Pessoas que passaram a amar a pessoa que outrora não gostavam. Para qual o amor destas não lhes bastava. Ou seja, foi preciso haver ofertas monetárias para que começasse a surgir o amor.

E será agora isto amor? Apesar de tudo acho que sim. Pois, agora já não se fala de dinheiro e as ofertas monetárias já não existem e, no entanto, as relações mantém-se. É de facto um amor estranho mas é um facto que existem vários tipos de amor. E pelos visto várias formas de chegar até ele. Só não sei se será esta a forma mais correcta. Afinal, alguém só começou a amar não pela pessoa em si mas pelo dinheiro.

Dá que pensar.

quinta-feira, junho 01, 2006

Fintar a Pulsação

É dia de arriscar
De fintar a pulsação
Mesmo se eu tropeçar
E fizer um arranhão

Eu vou andar tão certa
De que o medo é o papão
Franzindo o meu sobrolho
A qualquer um, em qualquer direcção

Hoje eu sou a dona da razão
Ai de quem me diga que não
Que eu sou capaz de nem pestanejar

É tempo de ser forte
Atar os ténis com dois nós
Abraçar o vento norte
Sorrir a quem se ri de nós

Se nem sequer é noite
As sombras não vão lá estar
Eu vou cerrar os dentes
Hoje é dia, é dia de arriscar

Hoje eu sou a dona da razão
Ai de quem me diga que não
Que eu sou capaz de nem pestanejar
E se algum dos maus me aparecer
Se me apanharem a correr
Eu sou capaz de nem pestanejar

É dia de arriscar
De fintar a pulsação

Susana Félix


Finalmente chegou o dia por que esperava. O dia em que se conjugam várias situações na minha vida.
A partir de hoje começo a fintar a pulsação.
Entro em mais uma nova fase da minha vida em que algumas palavras passam a fazer parte do meu dicionário, outras que poderão vir a ter sentido e outras que continuam a ser importantes.
Novas palavras: casa, cama, praia, ginásio, "dormir bem", lux, exposições, alternativo, Santos, Oeiras, ex-colegas, imagem, força, inglês, defenido, férias, concerto, mix, firmeza, folk, tempo, jantar, festa...
Possíveis palavras: "belgas", Londres, Faro, visitas, dinheiro...
Manutenção: excelentes amizades, música, cerejas, trumps, família, bairro alto, trabalho, cinema, Lisboa, boa disposição, "pratos", seat, Almada, electrónica, televisão, marketing, blog, sinceridade...

Ouçam a música Fintar a Pulsação de Susana Félix quando se sentirem diminuidos por algum motivo ou ouçam sempre que vos apetecer (para quem gosta, claro). Acredito que vos dará força e pensamentos positivos.

Sejam felizes e nunca se esqueçam que na vida tudo tem um sentido.

P.S. - Audição de Fintar a Pulsação em http://www.susanafelix.com