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domingo, agosto 06, 2006

Mini-Férias / Sudoeste I

Esqueçam o post escrito por mim no dia 1 de Julho. Pois desde a passada sexta-feira, dia 4 de Agosto de 2006, o melhor concerto de sempre visto e ouvido por mim passou a ser outro.

Como bem sabem este ano decidi aventurar-me a ir ao Festival do Sudoeste TMN 2006.
Quando cheguei já passavam das 18:00 e a primeira imagem foi a de um estacionamento de automóveis que não tinha fim até onde a visão me permitia ver. Muito pó e muita terra escondiam cores e matriculas dos carros. Estacionado o carro, entrei.
Num campo relvado estava então o tão aguardado recinto do Festival do Sudoeste. Um espaço que esperava muito mais cheio e muito maior. Um espaço com pequenas barracas a fazer-me lembrar algumas barracas interessantes vistas numa feira em Londres. Várias marcas marcavam presença através de jogos e de ofertas de produtos ou brindes. O recinto era dividido em três Palcos: Palco TMN, Palco Planeta Sudoeste e Palco Positive Vibes.
Após a visita a todo o recinto foi altura de ir ao encontro de Cibelle no Palco Planeta Sudoeste. Já tinha ouvido algumas músicas na Fnac de que gostei. Assim, apenas ouvi três músicas do concerto, pois passado 20 minutos, já o David Fonseca estava a actuar no Palco TMN. Apesar de já o ter visto recentemente, não resisti a ir vê-lo novamente e perder todo o concerto de Cibelle. Não sem antes ter ouvido uma frase dita pela cantora que até mereceu aplausos de um público timido. Infelizmente não consigo dizer exactamente pelas mesmas palavras o que foi dito e que por isso perde um pouco de encanto. Mas o que ela quis dizer foi: "que o amor é liberdade. O amor não tem de estar preso a ninguém. Deve-se deixar voar o amor. Não pressionar ou andar atrás do nosso companheiro pois ele não nos irá fazer mal se também nos amar. Se nos fizer mal então já não há amor e nesse caso há que procurar novamente o amor noutro lugar. O amor não pertence a uma só pessoa. O amor está em todo o lado. Devemos é sempre procurá-lo e não prende-lo." Conforme eu adorei estas palavras, todo o público também demonstrou ter gostado.
Perto das 21:00 estava já eu a ouvir David Fonseca e a começar a entrar em extase. Já começava a sorrir, a dançar, a falar, a comentar, a cantar... O Palco TMN estava ainda com poucas pessoas mas todas elas pareciam estar a gostar. O concerto foi menos conseguido que o dado no Casino do Estoril, no mês passado, devido a alguma falta de pujança e esforço da voz. Contudo, gostei na mesma.
O único atraso de referência da noite coube aos Nouvelle Vague que entraram no Palco Planeta Sudoeste com cerca de 10 a 15 minutos de atraso. O que fez com que ouvisse menos do concerto do que aquilo que gostaria. Novas vocalistas que comparadas com as que já tinha visto em palco no Lux em 2004 não teriam qualquer hipotese. Faltava o excentrico, atrevimento e loucura de uma vocalista. E a meiguice, simpatia e doçura da outra. Estas duas novas parecem muito idênticas e ambas sem sal em palco. Contudo, cantaram bem e souberam entreter o público.
22:10 estava já eu a correr para o Palco TMN para ver os Goldfrapp. Com apenas um minuto de atraso entraram em palco para um público já mais extenso. O grupo decidiu preencher o concerto com todas as suas músicas mais electrónicas e mexidas dos seus álbuns. Com uma ventoinha a fazer esvoaçar os seus cabelos louros, Alison Goldfrapp mostrou ter uma voz firme e à altura do excelente concerto que deu.
O público estava preguiçoso e demorou a demonstrar um entusiasmo digno apenas de grandes fãs. Quando teve início Number1 começou a ter início a apoteose. De facto, é uma música que ouvida no cd não parece um grande single mas quando cantada num concerto se torna incontestável. Seguiu-se a música que tanto ansiava: Ride a White Horse. Aí, já o Ricardo não sabia quem era, nem o que era ou onde estáva. Só poderei dizer que foram uns 5 a 7 minutos de "orgasmos múltiplos" como acho que nunca irei ter. Felizmente foi a música que foi escolhida como única para ser prolongada. O concerto terminou já com o público em extase ao som de Ooh La La.
Alison Goldfrapp foi acompanhada em palco por várias bailarinas que ora se vestiam de gatos ou cavalos ou ainda de fatos mais futuristas.
Quando tiveram início os Prodigy pelas 00:05 já o recinto estava repleto de gente. Digamos que tenha sido o concerto da noite para a maioria. Eu apenas assisti às primeiras três músicas devido à minha companhia. Caso contrário nem a isso tinha assistido. Porque será que todos deliram quando o vocalista diz a palavra fuck? Disse-a sem exagero mais de 20 vezes só nas três músicas que ouvi. Desculpem mas não tenho paciência para isso.
Devido á minha cara de insatisfação, eis que regressamos ao Palco Planeta Sudoeste para assistir à actuação dos Toranja. Para mim, a única decepção da noite. Cheguei quando estavam a tocar A Carta onde era o público que cantava. No fim, o cantor teve o displante de dizer não ter conseguido acompanhar porque tantas vozes a cantar baralharam-no. Será possível? Foi mesmo. Após um rock em que mal se percebia a letra eis que canta Laços. Após essa música voltou ao rock e foi quando fui descansar e partilhar os meus últimos acontecimentos da semana à minha companhia.
Por vezes, dei um salto ao Palco Positive Vibes para ouvir um pouco de reggae mas nada teve a assinalar (devido apenas ao meu desinteresse por este estilo de música).
Andei também na roda gigante da TMN mais por insistência da companhia mas também não me proporcionou nada de especial.
Saí cedo devido ao cansaço e perto das 01:30 abandonei o recinto.

Sem dúvida que os vencedores da noite foram os Goldfrapp e os Prodigy. Para além de tudo o que foi dito destaco a simpatia de Alison Goldfrapp. Depois de ter visto a antipatia em pessoa na entrega dos Prémios MTV em Lisboa, surpreendeu-me pela positiva uma tão grande simpatia. Dos Prodigy apenas posso dizer que o público já os esperava. Não tendo estes que fazer esforço nenhum para provocar o delirio entre os fãs.

1 Comments:

  • Pois lindo... depois do que li só tenho uma palavra para o que sinto: INVEJA!!!!
    Dos vários concertos que vi até hoje, Goldfrapp foi sem dúvida o melhor de todos a anos luz...
    Ainda bem que te divertiste e que gostaste do Sudoeste... Para mim ainda não foi desta que lá fui mas para o ano QUERO IR TÁ????!!!???
    Beijos e continua na ressaca positiva de um concerto único com uma banda única

    By Anonymous Anónimo, at 07 agosto, 2006 18:51  

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