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sexta-feira, setembro 29, 2006

Os Índios

Ontem foi noite de mais um concerto no Du Arte Lounge do Casino do Estoril. Foi a noite dos The Gift pisarem no mesmo dia e no mesmo palco de há 12 anos.
Foi também o concerto que encerra a tour AM-FM.

A meu ver foi o concerto, dos cinco a que eu assisti (penso eu), em que o grupo esteve mais à vontade. Talvez até demais, em algumas situações.

O público estava sedento e mal começou a primeira música já a euforia tomava conta das pessoas. Poderá dizer-se que começou muito quente, amornou e aqueceu novamente um pouco no fim. Os momentos altos da noite, para o público, foram as músicas Music, Driving Slow, Question of Love e Fácil de Entender. Esta última repetida devido ao facto de dar nome ao novo álbum que sai no próximo dia 30 de Outubro. Do novo álbum apenas foi dada a conhecer uma nova música chamada 6,4,5. É uma música que resulta muito bem num concerto. A ver vamos se é boa de ser ouvida várias vezes na rádio, por exemplo.

Contudo, apesar de concordar com todos os momentos altos demonstrados pelo público, achei um bastante mais alto. Foi a surpresa da noite. Aliás, acho que já era necessário fazer algo de diferente num concerto dos The Gift. Esse momento deveu-se a uma música que foi dedicada a todos os brasileiros, devido aos concertos dados no Brasil. A música chamava-se Índios, foi cantada em brasileiro e tinha uma letra muito bonita. Foi impossível ver ou pensar outra coisa que não fosse naquela letra ou na Sónia Tavares. Foi também nessa música que a vocalista superou-se na sua voz. Demonstrou todo o seu potencial.

Quanto ao pior momento foi mais uma vez a música que o Nuno Gonçalves insiste em cantar. Pior do que isso só mesmo o refrão em que Sónia Tavares junta a sua voz em sussurro de forma a sobressair a voz do Nuno. As duas vozes não combinam minimamente. É uma música que não tem explicação.

Foi sem dúvida um concerto bem melhor que o último a que assisti em Agosto deste ano no concelho de Mortágua. Onde Sónia Tavares teve no seu pior quando reparou que o concerto já ia a meio e o público mal aplaudia o final das suas músicas. Aí fez um pouco de chacota com o público presente que nem se apercebeu. Fica muito mal num artista, a meu ver, sobretudo porque ninguém a tratou mal, simplesmente mal se mexiam.
Para a próxima há que escolher melhor a localidade. Já se estava à espera deste tipo de público numa vila. A músida dos The Gift é uma música urbana e não é qualquer público que gosta. Sobretudo um público que na semana anterior encheu o mesmo local para assistir ao concerto do Marco Paulo.

Fico agora à espera do novo álbum, que segundo os The Gift, marcam uma mudança. Pelo que li, parece que sim. Fico para ver. Ou melhor, ouvir.