Um Bálsamo de Fim de Semana

O passado fim de semana foi como que um bálsamo para mim.

Uma tarde e inicio de noite a trabalhar onde pude disfrutar de algum tempo de leitura, visto tratar-se de um sábado onde as chamadas pecam por ser em tão pequeno número.

Depois foi ir ao encontro de quem eu gosto e de quem me faz sentir bem. Enquanto esperava, ainda tive tempo para ligar a quem precisava de um telefonema para se sentir bem.
Após o tempo de espera, chegou a minha companhia.

Visita ao Museu dos Coches que apesar de nunca ter ido correspondeu às minhas expectativas. Não me deslumbrou visto nunca ter apreciado coches. Mas agradou-me ver os quadros expostos no piso superior.

A hora avançava e visto estarmos em Belém seria um sacrilégio não ir comer um pastel de belém. Assim, lá fomos nós fazer satisfazer a gula. Houve quem conseguisse resistir. Claro que não fui eu.

De seguida, visitámos o Museu de Arqueologia do qual gostei bastante. Tive pena de não ter sido possível visitar por completo, devido à nossa entrada ter sido poucos minutos antes da hora de fecho. Contudo, visto haver uma entrada que não tinha sido encerrada fomos ver o que tinha para nos mostrar. Foi quando nos deparámos com um recinto a céu aberto onde estavam umas pequenas barracas e um rancho folclórico. É nestas alturas que nos confundimos se queremos ser Marias ou Manéis (private joke).

De seguida acabámos a noite no sítio do costume.

Novo dia. E aí vou novamente para Belém ver a exposição de Frida Kahlo. Por sucessivos adiamentos, por parte de amigos, só no último dia acabei por ir ver.
Claro que gostei bastante mas por vários motivos. Primeiro pela obra da pintora. Depois por achar que estava completa no sentido em que ficámos a conhecer não só a obra mas também a vida da pintora. Até porque de outra forma não poderia ser, visto a sua obra estar intrinsecamente ligada à sua vida. Por isso mesmo, concordo com Frida quando dizia não querer que a sua obra fosse inserida no surrealismo pois esta baseia-se somente na realidade da sua vida. Para além disso, não acho que a sua pintura tenha muito de surrealismo, apesar de não ser um grande conhecedor desta corrente.
Gostei também porque fez-me lembrar as visitas aos museus em Barcelona, onde aprendi muito.
E por último porque a visita foi com os meus pais. É verdade, quem diria. Consegui convence-los a ir ver uma exposição. Muitas renitências, por parte do meu pai que se rendeu às evidências aquando da visita. Admirei-me e gostei muito de ver os meus pais, que nunca se interessaram por nada de cultura, a ver uma exposição com tanto interesse, chegando ao ponto de trocarem impressões.

Contudo, a visita a esta exposição fez-me pensar na eutanásia. Na luta constante da pintora contra o seu sofrimento. E que foi após o acidente que Frida começou a pintar. O sucesso que teve foi como que derivado da tragédia que a deixou de cama. Dá que pensar, não?

O dia terminou com o visionamento da entrega dos Globos de Ouro 2005.