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quinta-feira, fevereiro 02, 2006

A Vida de Uma Gueixa vs Amor

Hoje fui ver um outro filme grandioso, As Memórias de Uma Gueixa.
Um filme belissimo mas nem por isso deixa de ser triste. Não é daqueles filmes que nós saímos bem dispostos do cinema.

A beleza do filme vai desde a fisionamia facial dos actores, aos cenários, às danças, ao drama, à banda sonora...Mas sobretudo ao guião principal da estória, a vida de uma gueixa.

Como em todos os filmes que vejo, tento sempre transpor algo dos filmes para a minha realidade. E este, não foi excepção. Há uma parte em mim que gostava de ter um pouco da vida de uma gueixa. Uma vida onde não se pode amar, onde não se pode sentir. Uma vida em que somos feitos para ser apreciados, para sermos um espectáculo diante das outras pessoas. Trabalhar com vista ao nosso corpo ser feito para ser uma obra de arte viva, como dizem no filme.
Claro está que não gostava de não poder amar ou sentir mas gostava de não ter essa necessidade. Gostava de viver a vida sem que fosse necessário amar alguém. Que não fosse necessário sentir falta de alguém.

Sim, eu sei que estou a ser egoista e radical demais. Mas também disse que é uma parte em mim que pede por isso. Quem me conhece sabe que eu quando amo, amo esse alguém em toda a minha plenitude e que faço tudo por essa pessoa, nem que para isso tenha de me prejudicar. Sei que é errado amar assim, mas só sei amar desta maneira. Sou uma pessoa muito moldável no amor. Os meus amigos sabem-no melhor que ninguém. Mas é por tudo isto que penso, por vezes, por que amar? Por que ter essa necessidade?

A vida é assim. Todos temos essa necessidade e eu, mais do que ninguém.

Aliás, a própria gueixa não pode sentir, nem amar. Mas não é por isso que não deixa de sentir e de amar.

Nada na vida é impossível. E se o amor pode trazer sofrimento no final há que olhar em frente e procurar outro amor. Afinal, se vivemos momentos tão bons enquanto o amor durou por que não procurar novamente um amor?