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segunda-feira, agosto 13, 2007

A Maior Crueldade

Ontem, fui visitar o Jardim Zoológico.
Infelizmente, não vou falar dos golfinhos, girafas e restantes animais do Zoo, apesar de estes o merecerem. Irei falar de algo que me revoltou de tal forma, que não consegui conter as lágrimas de raiva e tristeza.

A meio do espectáculo dos golfinhos, uma mulher, que deveria ter 30 anos, aproximadamente, colocou uma outra mulher (perto dos 30 anos, também), que a acompanhava, em pé frente ao tanque principal dos golfinhos de frente virada para o público. Essa mulher, era lindissima e invisual (não tinha bengala). A mulher ficou sozinha no meio das escadas, com um ar incomodado, sem saber o que fazer. Uma vigilante ia em sua direcção para dizer que não podia estar ali, quando a amiga se levanta do seu banco e lhe diz para deixar estar que ela é invisual, fazendo o gesto com a mão à frente dos olhos. Passado uns 2 minutos, um outro vigilante chega a ir ter com a mulher e a amiga não o viu. Resultado, teve de ser a mulher a dizer que era invisual. Esta, por vezes, tropeçava do tanto incomodada que estava. Enquanto a cabra da amiga assistia ao espectáculo.
Os próprios vigilantes sopravam e falavam entre si, sem saber como agir perante tal situação inédita, pois não era permitido estar ali ninguém. Mas o que iriam fazer se a amiga queria estar sentada a ver o espectáculo? Iam mandar a mulher invisual sair dali, sem mais nem menos?

O motivo para tudo isto penso que tenha sido por não haver mais um lugar sentado. O olhar e o estado incomodado da mulher provocaram-me uma revolta tão grande, que foi por pouco que não me levantei para ir falar com amiga. Para que serve esta amiga? Para que é que nascem este tipo de pessoas? A quem é que fazem falta? Desculpem-me a violência das palavras mas acreditem que ainda assim estou a conter-me. E...não consigo escrever mais.