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quinta-feira, novembro 16, 2006

A Ti D.

O que por várias vezes temi, aconteceu.

Chegou num dia do Festival da Eurovisão da Canção. Talvez, o único que não vi, por estar a conhecê-lo. Começámos pelo contrário. E daí surgiu então a bela amizade.
Foram muitas as conversas de horas seguidas que me deixaram com a boca seca. Foram muitos os risos até ir às lágrimas. As saídas nocturnas. Os cafés e chás fora e dentro de casa. As visitas a exposições, museus, festas... As experiências estranhas em que no fim, por vezes, apenas nos ríamos de tais figuras. É a única pessoa que sabe aquilo que eu sei. Que sabe aquilo que eu senti em determinado momento. Que sabe daqueles assuntos que não se deve dizer a ninguém. Nunca houve qualquer tipo de tabu. Nunca houve um entrave no meio de nós. Nunca houve uma zanga ou mal entendido.

Tem uma personalidade linda e de uma enorme abrangência. Acha que todos devem ter o dom da palavra, mesmo que à primeira vista não estejamos interessados. Talvez o ponto em que não conseguia tolerar do meu ponto de vista (pois não sou de fazer fretes) mas muito admirado por mim. Pessoa de cortes radicais quando acha que é para colocar um ponto final.

Uma pessoa que em três anos de convivência não me consigo lembrar de um único defeito. Claro que tem de os ter mas é a única pessoa que conheci até hoje que não reconheço de facto um defeito.
Alguém sempre muito cordial e de uma extrema simpatia.

Tenho pena que eu que já cruzei tantas amizades nenhuma tenha parado e construído uma relação mais forte com esta personalidade. E acreditem que ele bem tentou com algumas. Assim como uma também tentou com ele. Mas ninguém é obrigado a gostar de ninguém e não é isso que está em causa.

Se existem almas gémeas, sempre disse que ele é a minha. Sim, porque não acredito que tenhamos de ter uma relação amorosa com a nossa alma gémea. Ela poderá ser apenas um amigo. Isso não invalida a extrema empatia e admiração.

Não pensem que nunca lhe disse isto que acabei de escrever. Ele já o soube verbalmente e por escrito, várias vezes. Sim, porque ao contrário da maioria dos portugueses que só gosta de criticar, eu gosto de elogiar quem merece.

A ti D. desejo-te a maior felicidade do mundo nesta tua nova etapa.

Já tenho saudades e depressa quero matá-las.