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quinta-feira, junho 12, 2008

Feist

11 de Junho, pelas 21.00, Feist na Aula Magna, em Lisboa


Simplesmente brilhante.
Simples, porque foi o uso da simplicidade que tornou este concerto tão bom.

Numa sala cheia e abrasadora, Feist entrou com os seus músicos e uma surpresa para os presentes: duas assistentes de sombras (assim se chamava a função destas). Contudo, o que ambas faziam era colocar várias peças dos mais variados materiais (papel, areia, etc) sob o foco de uma luz. Tudo isso era filmado e visto através de um projector. Para além disso, podíamos ver como elas exerciam aquilo que nos deixava extasiados e sempre à espera do que vinha a seguir. Até um piano aberto pode ter uma beleza inexplicável.

Mas não pensem que isso nos distraía da voz magnifica de Feist. Não sei se foi por ser da sala ou por algumas músicas terem apenas a sua voz acompanhada de uma guitarra, mas a voz desta canadiana esteve sempre irrepreensível.

No concerto de ontem não faltou conversa, piadas e gozo com alguma parte do público que não sabe se comportar num concerto intimista como este. Mas este é o mal dos cantores alternativos começarem a ser conhecidos.

Houve tempo ainda para um pedido da cantora para fazer uma surpresa à cunhada que é portuguesa: que cantassemos uma música tradicional portuguesa que todos conhecessem. Foi então que a Leslie Feist ligou à cunhada e todos nós cantámos o Malhão.

Momento menos bom? Sim, houve um: uma nova versão de uma das minhas músicas favoritas, Inside & Out. Para esquecer.

A tour de Leslie Feist terminou em Lisboa em êxtase, conforme a própria fez questão de dizer.

Abaixo fica um dos singles do último álbum, The Reminder, que fez o público levantar das cadeiras.


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Feist