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segunda-feira, julho 09, 2007

Live Earth vs 7 Maravilhas do Mundo

Finalmente o ambiente entrou na moda. Tudo devido ao documentário de Al Gore. Fico muito feliz que todos tenham olhado para o mundo como ele deve ser olhado. Agora, resta-nos arregaçar as mangas.

A ideia do Live Earth é boa, por mais que não seja para dizer que os concertos são todos por uma causa ambiental. Quero acreditar que, pelo menos alguns cantores, têm de facto alguma preocupação ambiental e que apenas não quiseram marcar presença para ficar bem no curriculo como cantores. Digo isto pois tive a infelicidade de ouvir o David Fonseca, alguém que admiro muito, embora agora me tenha desiludido bastante, dizer que: "Nunca tinha pensado como poderia defender o ambiente na realização de um espectáculo. Agora se calhar vou ter de começar a pensar nisso" (entre outras frases). Agora? Quer dizer, aceita participar num concerto por uma causa, em que o público é obrigado a demonstrar de alguma forma que se preocupa com o ambiente para poder entrar no Pavilhão Atlântico, e ainda não tinha pensado nisso? Não merece comentário, de tão infeliz frase.

Relativamente à eleição das 7 Maravilhas do Mundo, a ideia também era boa mas penso ter sido muito menos conseguida do que o Live Earth. A meu ver a eleição das 7 Maravilhas do Mundo só faria sentido se fosse feita por especialistas e não pelo público. Era de se esperar que as maravilhas da Índia, China e Brasil ganhassem. Basta pensar na população que estas têm. Assim, tal como já foi dito por alguns criticos, mais não parece do que o concurso da RTP, Os Grandes Portugueses, em que Salazar saiu vitorioso.

Entre um espectáculo e outro, a nota positiva vai, sem dúvida para o Live Earth. Podendo ou não os cantores terem alguma preocupação ambiental, bem como o público presente nos recintos, o certo é que se falou no ambiente, e é isso que interessa: consciencializar quem ainda não se apercebeu em que mundo vive.