Londres II

Kylie Minogue

Como sabem, o principal motivo que me levou a Londres foi assistir ao concerto de Kylie Minogue na The O2 Arena.

Com 15 minutos de atraso, Kylie entrou no palco no dia 26 de Julho às 20:15.

Claro que me arrepiei com a entrada dela. Afinal era um momento que há muito esperava e tinha receio de um balde de água fria como foi o de Madonna em Portugal. Mas não. Superou em tudo as minhas expectativas.

Kylie mostrou-se a todos nós com uma voz brilhante.

Em concertos anteriormente gravados, já tinha reparado que a sua voz era melhor em concerto do que nos discos (ao contrário da maior parte dos cantores). Mas nunca tinha chegado onde chegou agora. Não sei se teve aulas de canto mas aquela voz fina que gosta de mostrar nos discos, tornou-se numa voz poderosa sem qualquer desgaste até ao final do concerto.

O melhor do concerto acabou por ser os cenários. Desde o cenário por trás, até ao chão do palco. Nunca vi nada assim. Nunca vi um resultado tão bom.

As músicas escolhidas foram acertadas, embora tenha de concordar com a critica inglesa, de que o hit Can't Get You Out Of My Head foi cantado muito cedo.

O momento alto da noite, foi após a despedida da praxe que os cantores gostam de fazer para depois voltar ao palco. No More Rain conseguiu transmitir a carga emocional de Kylie para o público. Para quem não sabe, esta música foi escrita após a Kylie ter tido a notícia de que tinha superado o cancro da mama. Foi escrita ainda no hospital. Mas a música foi cantada sem nenhuma referência a esse tema. Não houve aquela emoção/teatro que houve no concerto de Anastacia. Kylie não precisou de falar para a emoção e alegria invadir-nos.

Destaque ainda para In My Arms, The One, I Should Be So Lucky (a fechar o concerto) e a excelente nova versão do tema Slow.

Mas não pensem que Kylie não falou com o público. Como é hábito nela, falou e muito, dizendo piadas e interagindo muito.

Critica negativa? O público inglês. É um público muito apático, em que para eles aquilo não passa de um espectáculo que se vê todos os dias. Ou seja, era ver o público a comer e beber, beber, beber durante todo o concerto. A euforia só chegou a meio da 2ª metade do concerto.

Antes disso, só algumas inglesas e os gays.

Eu contive-me (por uma questão de respeito para quem estava atrás de mim sentado) até ao inicio da 2ª metade do concerto. Depois não voltei a sentar. Felizmente, pouco tempo depois já ninguém estava sentado.

Após ver Kylie em concerto, sei que terei que voltar a vê-la sempre que esta iniciar uma nova digressão. Haja dinheiro e saúde e eu lá estarei.