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quinta-feira, dezembro 06, 2007

Sem Chuva

Quanto mais conheço, mais estranho me sinto
Quanto mais convivo, mais calado fico

Quanto mais me solto, mais ignorado sou
Cotoveladas, palavras, tudo serve para ser amordaçado

Na procura pelo prazer só descubro o que outrora me dava prazer

A fruta que amadurece, vê agora outra a tornar-se verde novamente

Começam a construir-se paredes para fechar nos tectos
Resta-me sair pelas buracos que futuramente deverão ser portas e janelas

Serei eu uma pessoa diferente?

Estendem-me uma mão amiga
Quero sempre confiar nela

Acabo por mandar calar quem não me é próximo
Mas que olha por mim

Guardo tudo cá dentro
Para logo adormecer e pensar de maneira diferente

Assim, tento acordar todos os dias sem chuva.